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 O Conto de um Príncipe Beduíno

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Michael Mcarthy
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Michael Mcarthy

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O Conto de um Príncipe Beduíno  _
MensagemAssunto: O Conto de um Príncipe Beduíno    O Conto de um Príncipe Beduíno  Icon_m14Qua 04 maio 2011, 02:13

A História do Principe Beduíno.

Bem, o meu passado ? quer desde o começo ? Bem, a minha vida começou a 120 anos atrás, no ano da imortalidade de 1123, pelo que eu sei no dia 17 de Mordad, sim, se estou certo, hoje é dia 17 de mordad de 1243, o principe beduíno completa 120 anos de existência. Sei lá quem me gerou, só sei que fui criado pelo melhor ferreiro do meu bando, aprendi a arte da guerra logo cedo, muitas vezes as crianças defendiam com os outros bravos todo o bando, muitos morriam cedo, mas eu nasci na época da imortalidade, alláh se existir esteve do meu lado. Fui crescendo e me tornando cada vez mais notável, aos 12 anos já preparava a minha cimitarra. Os tempos se seguiram e fui ganhando muita notoriedade dentro e fora de meu bando, me destacando entre os guerreiros, aos 21 estava por pronta a minha cimitarra que até hoje é a minha melhor amiga, junto dela ganhei a alcunha de "O Principe Beduíno" nos arredores da pequena Pérsia e até mesmo fora dela, hoje em dia podem conhecer esta alcunha até no confins do Egito. Pois bem, foi por muitas sangrentas e violentas batalhas, mortes e perdas que hoje estou aqui, a minha sede de poder fez com que fosse cada vez mais longe. Num dos meus retornos a Pérsia, se não me engano aos 30 anos, já seguindo a vida só, descobri um homem na noite fria de um dos desertos dali, a principio fiquei em guarda, alias quando não estou em guarda ? Bem, ele mostrou seu rosto e disse as palavras que até hoje nao saem da minha mente..."Principe Beduíno, Você é forte, todos dizem isso, mas pelo que estou vendo ainda não tem toda a força que lhe dá a alcunha que carrega. Se quiser, mostrarei que posso derrotá-lo sem desembanhar a minha cimitarra..." A principio eu ri, e topei o desafio, para mim, matar um homem um tanto "Nômade", com capuz preto seria simples como rasgar uma folha de papel. Mas percebi que ele nao era qualquer um a mostrar a Bainha de sua cimitarra, pelo cabo e bainha dava para ver que era uma peça bem trabalhada, o valor era quem sabe... o triplo do que valia a minha cabeça na época? Enfim, eu topei o desafio e desembanhei a minha linda cimitarra, me botei em guarda ainda com o sorriso no rosto e fui ao encontro daquele homem mostrando todo o potencial que eu tinha... E, que coisa, ele sumiu dos meus olhos mais rápido que rúpias em mão de prostitutas! Cortei o vento com a cimitarra, e logo senti algo no meu tornozelo direito, me derrubando... Incrivelmente o homem de preto estava atrás de mim e, sem muita força derrubou-me na areia fria daquela noite da imortalidade...

Ao pensar em ter uma ação, já vi a ponta daquela cimitarra nos meu olhos, pensei em tudo possivel na hora, para mim ali era o final daquilo que chamava de vida, e a ultima coisa que viria seria uma cimitarra bem trabalhada como aquela... Por minha surpresa o Persa barbado guardou sua lâmina e me ofereceu a mão, dizendo "Eu lhe disse que não tem força suficiente, levante-se..." Pensei na hora "Fui derrotado, derrotado por um nômade qualquer... o que está acontecendo ? nunca fui fraco, nunca!" Nunca fraquejei tanto igual aquele momento, dali em diante sabia que precisava de mais força, pois havia gente mais poderosa que eu nos meus desertos. Quando me levantei, novamente o homem voltou a palavra a mim "Jovem, não fraqueje, você nao é fraco, seu equilibrio e agilidade são impressionantes, mas ainda nao é forte o bastante. Eu estou aqui para lhe oferecer a oportunidade de se tornar vinte vezes mais ágil e habilidoso, mais feroz e, até imortal... Se estiver interessado, Siga-me, senão continue seu caminho. Sabendo que há muitos ai fora querendo a cabeça do principe Beduino e lhe garanto, são mais brilhantes que você." O homem seguiu caminho, fiquei pensativo por uns 15 segundos, quando o instinto falou mais forte, e eu segui o homem.
Me levou até onde seria um refúgio proximo, no interior de uma caverna. Lá foi a primeira vez que ouvi esse nome, Pherogus, todos vocês já ouviram falar... Lá jurei segredo e ele me contou tudo sobre sua natureza, e o que iria me tornar...Duvidei muito, mal acreditava em Allah na época, imagina em vampiros! Nem sei o porque continuei ouvindo a ele, axo que foi a minha sede por mais poder... Pois bem, ele me fez uma proposta, eu beberia do sangue dele por 10 anos e, se me destacasse entre outros guerreiros que ele estava fazendo o mesmo pelo mundo, me daria todo o poder e algo que me fez os olhos brilhar, a imortalidade, se ele nao estivesse blefando sobre ser vampiro, a imortalidade seria a melhor coisa que viria a me favorecer. Ao ficar meio acanhando em beber o sangue daquele nômade que me derrotara a 3 horas atrás, ele disse que sentiria dos beneficios do sangue dele, mantendo a minha juventude e tendo 1 terço do poder que eu poderia imaginar ter, e que enquanto estivesse bebendo do seu sangue, viveria eternamente como ele...
Para mim, nao iria perder muito se bebesse do sangue dele, já provei de coisa pior... Bem, aceitei a proposta e já bebi a primeira noite o sangue de Pherogus, mal sabia que me tornei um Carniçal.

Muito bem, Pherogus e eu nos reuniamos na caverna nos meses da imortalidade e no da boa intenção sempre, nesses dias que ele estava comigo eu bebia do sangue dele e aprendia algo novo. Bem, o sangue dele estava descendo deliciosamente bem pela garganta, poderia me embriagar com aquilo... Logo nos primeiros meses, em alguns combates pelos desertos das árabias descobri que aquele sangue me dava muito mais poder e, ao lembrar que Pherogus dizia que isso nao seria 1 terço do poder que eu teria, me deixava muito mais excitado, passei a crer ali na existencia dos vampiros...
Logo se passou o prazo de 10 anos, não envelheci muito, também nao ligava para minha idade, e logo fui eu numa noite fria do mês da imortalidade para aquela caverna... Pela hora do demônio chegava Pherogus, com as vestes e rosto de sempre, com a mesma linda cimitarra trabalhada. Sim, ele me escolheu, eu era a prole perfeita... Aceitei então ser como ele, um Vampiro. Pherogus cravou as presas no meu pescoço, foi tão rápido quanto a 10 anos antes, já estava sem nenhuma ação, só sentia a enorme dor, soltei alguns urros e depois fiquei sem emanar sons... após uns minutos veio o prazer, um prazer intenso, nao era como ir a um cabaré na Babilônia, ou deitar-se com as melhores egípcias, era muito mais intenso, vocês sabem o que estou dizendo, é complicado explicar a sensação não ? Já devia estar com as veias secas quando senti o corpo batendo no solo frio, e então pingos de algo que já conhecia, era o sangue daquele Nômade, o delicioso sangue daquele nômade...

Começou ali a minha não vida, no ultimo dia da imortalidade de 1163. A partir dali Pherogus já me ensinou o básico, não irá nunca mais ver o sol, a nao ser que queira ver pela ultima vez, e que agora sim iria começar a saber o que é ser verdadeiramente forte, só que precisava de um treinamento, e não era pra me preocupar com o tempo, pois agora teria todo o tempo do mundo... Sinceramente, no começo foi estranho demais, mas depois me acostumei com a minha nova natureza e estava muito exitado por saber q agora tinha alcançado a imortalidade. Bem, fizemos a jornada até nossa montanha, fiquei impressionadissimo ao entrar, e saber que ali naquela montanha que eu já havia visto em uma viagem era uma enorme fortaleza...
Logo ao chegar no que seria uma sala principal, vi vários e vários homens e mulheres, uns com livros nas mãos, outros afiando suas lâminas, e uns até lutando. Era maravilhoso... Logo Pherogus foi me levando através daqueles caminhos, dava para ver muitos olhares me estranhando e outros temendo e invejando Pherogus. Alguns o comprimentavam, outros passavam longe, todos tinham ótimas aparências e cimitarras lindas, todas muitissimo bem trabalhadas, rodava na minha cabeça aleatóriamente "eu trabalhei 12 anos na minha lâmina, estes que são imortais quantos anos trabalharam nas suas ? Realmente era ingênuo ao me achar o maior guerreiro da árabia." Logo chegamos num outro local, o ambiente mudava, ficava muito nobre, lá estavam o velho e seus três Du'at. Um dos homens mais próximos se aproximava de Pherogus, não tinha feição de ser muito amigável, mas este dá um leve sorriso e comprimenta Pherogus como um filho, este seria Thetmes, nosso Califa. Logo fui apresentado ao Velho e aos Du'at como Prole de Pherogus, ali viria a saber que Pherogus era a prole de Thetmes, e era melhor Silsila de Alamut, usou o mesmo processo de seleção de Thetmes para me escolher como sua prole, escolhia os melhores guerreiros do deserto da árabia e, por 10 anos os testavam e viam qual era o mais adequado e o abraçava, os outros eram mortos.

Quando me apresentei, logo conheci o lugar e como funcionava, conheci as castas e facções, descobri também que os membros da linhagem de um Califa são automaticamente aceitos como Guerreiros, para mim foi um alivio... Bem, nao demorou muito até começar meu treinamento, foi nesses anos seguintes que descobri o quanto realmente era fraco como mortal... Me destaquei muito nos meus anos de treinamento e nas primeiras missões a mando dos Silsilas e Du'at. Dominei facilmente nossas disciplinas, o que causava inveja a ouros iniciados e fida'i, Quando Pherogus voltava sempre dizia "Você é melhor do que qualquer Fida'i daqui, você é minha prole, e eu sou o melhor" Sempre acreditei nisso friamente, tanto que nos anos que Pherogus permanecia em Alamut me destacava muito mais. Até que fui aceito como Fida'i, após cumprir uma missão para o velho, nessa missão conheci o quão era eficiente aliar minha técnica com as disciplinas que eu dominei, facilmente destrui 4 membros como foi pedido pelo velho. Ao destruir esse fracos com minha inseparável lâmina, sempre lambo todo o sangue que nela está, como é delicioso o sangue de um membro! Logo nessas primeiras missões como Fida'i já fui alertado pelo próprio Califa sobre os perigos de se viciar na vitae... Desde então tenho sido cuidadoso com isso.

Bem, lá pelos meus 40 anos de Não vida, olhava meu reflexo e via a mesma feição de quando era um jovem de 30 anos, nada havia mudado a nao ser as marcas que alguns membros me causaram em algumas lutas... Não pensem que passei 40 anos apenas lutando e matando por ai não, estudei muito, entendi muito sobre como a escuridão guarda segredos... Foi bem nos meados do ano de Alláh de 1203 que recebi uma notícia pelas bocas de Thetmes... Um grupo encontrou a cimitarra de Pherogus nos arredores da Macedônia, banhada do sangue dele próprio e com a ponta quebada, quebrada não, cortada por garras... Sim, meu Mentor foi destruído por um bando Garou. Thetmes dizia que agora eu seria sua prole, e um grupo de silsilas já estava indo ao encontro do bando. No momento que ele disse sobre o grupo, logo levantei a voz "Califa, quero acompanhá-los, vingarei friamente a morte de Pherogus" De inicio Thetmes negou, pois disse que eram garous extremamente poderosos e, que foram mandados seis silsilas para tentarem matá-los, um Fida'i como eu iria ser destruido com certeza... Eu novamente levantei a voz e disse que iria provar que era o melhor guerreiro dalí, já que o unico que me derrotara já estava morto... Logo o Califa aceitou que me integrasse no grupo, mas era para mim trazer para alamut as patas que destruiram sua prole, aceitei a condição e em duas noites já estava junto do grupo, apenas com minha melhor amiga me acompanhando.

Após 7 noites encontramos o bando, já preparados encurralamos eles, a batalha nao foi nada fácil. Era uma para cada e realmente eu estava com muitas dificuldades, era a luta mais dificil de toda minha existência, essa também foi a primeira vez da minha não vida que eu senti a besta dentro de mim comandar minhas ações por uns instantes, quando dei por mim havia cortado o braço esquerdo do maldito garou, o desgraçado aproveitou para voltar por instantes na forma humana gritando de dor, e disse para mim "Vigando a morte daquela escória ? Para mim foi um prazer cortá-lo ao meio com sua própria lâmina" e logo foi voltando a forma Garou, vindo pra cima de mim... A minha ira estava no ápice quando imaginei a cena de Pherogus sendo cortado ao meio, usei de minha rapidez na hora e pulei para cima do desgraçado e cravei com toda a vontade a cimitarra no meio do peito dele o empurrando para trás, retirei a espada e me afastei um pouco, Realmente havia matado aquele maldito Lobo... quando dei por mim todos os outros garous também foram mortos, os outros irmãos ficaram tão arrebentados quando eu, mas cumprimos a nossa vingança, peguei o braço esquerdo do lobo que eu havia cortado e levei para Thetmes...

Ao chegar no Alamut, fui direto a sala do velho, onde todos os Du'at também estavam presentes, o grupo de vingança se apresentou então coloquei o braço do lobisomem na mesa, olhei para Thetmes e disse "Ai está Califa, o Braço do próprio Garou que deu fim a Pherogus." Thetmes olhou-me como se eu realmente fazia jus ao seu sangue, era como se ele aceitasse o que eu disse antes de sair de alamut. O Velho também demonstrou sua gratidão a mim, nomeando-me Rafiq e me dizendo para progredir mais e mais agora como a prole de Thetmes. Tive uma idéia ao me curar de umas unhadas que levei do garou, a idéia era extrair suas garras, pois elas tinham muito poder de dano, demorei mais de 5 noites para me curar completamente...
Extrai as garras do Garou e as curti em uma luva de couro, ficou perfeita, essa luva me ajudou em muitas batalhas dalí pra frente, é outra peça que está sempre comigo, dificilmente ela sai de minha mão assim como a minha lâmina, que jámais foi tocada por outro.

A não vida foi passando, fiz viagens curtas, retomei em muitos locais minha primordial alcunha, muitos ficaram assombrados ao saber que o Principe Beduíno não era uma lenda...

Hoje, após 40 anos desde que Pherogus deixou a não vida, quando entro na nossa montanha sou recebido como Pherogus sempre foi, alguns sempre comprimentando meu retorno, outros com a inveja de sempre. Thetmes sempre me recebe como recebeu Pherogus a 80 anos atrás, e isso me agrada muito, mas desagrada a muitos dos outros guerreiros.

Bem Përsí, escreva tudo isso que lhe disse, e quando chegarmos a Alamut, resgistre isso na biblioteca com o título "O Maior dos Guerreiros de Alamut, Dirar Akram".
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