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 Morte nas Areias - Capitulo Dois – O Sol

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Jacob
The Collector
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Jacob

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Morte nas Areias - Capitulo Dois – O Sol _
MensagemAssunto: Morte nas Areias - Capitulo Dois – O Sol   Morte nas Areias - Capitulo Dois – O Sol Icon_m14Ter 19 Out 2010, 07:40

Já faziam dois dias desde o ataque dos monstros, a viagem estava começando a se tornar enfadonha, e eu estava ficando cansado de ficar o dia inteiro montado em meu cavalo, vestindo aquela armadura sob aquele sol escaldante. Mas depois do que acontecera eu estava convencido que era melhor usá-la, não estava disposto a ser pego desprevenido por algum novo perigo desconhecido.

Porem apesar de minhas preocupações com a vida selvagem do lugar, fora outro infortúnio se abateu sob nós, o deserto. A água de nossos cantis estava acabando, o vento seco e cortante castigava nossas peles enquanto o sol cozinhava-nos vivos, os minutos arrastavam-se parecendo horas.

Ao meio dia quando o sol estava em seu auge tornou-se impossível continuar. Paramos para o almoço enquanto esperávamos o clima melhorar, porem aquela refeição não fora nada prazerosa. Quando resolvemos retomar viagem os cavalos estavam esgotados, em determinado momento tivemos de desmontar, pegar uma parte da carga e levá-la nós mesmos sob nossos ombros, era isso ou arriscar perder os animais. Cada passo era mais doloroso e esgotante que o anterior.

Naquela hora eu começava a me arrepender de minhas más decisões. Fora eu que escolhera este caminho tortuoso, acreditei que atravessar o deserto nas bordas das planícies da pedra sangrenta seria o trajeto mais rápido. Nosso guia Idriano entretanto havia alertado-me sobre os perigos da viagem, a cada novo obstáculo eu percebia o quanto sábio o homem era e me arrependia de ter ignorado seus conselhos. Mas eu enxergava apenas a missão que me fora dada, e dei prioridade ao seu sucesso acima de todo o resto.

Porem a idéia de que essa péssima decisão de minha parte havia custado a vida de um de meus companheiros atormentava-me. O Irmão Ardim tinha esposa e uma criança estava a caminho e agora eu teria de dizer a pobre mulher que seu marido não voltaria mais para casa.

Estava perdido em meus pensamentos quando nosso guia me chamou. Ele queria alertar-me de que se não encontrássemos água, logo, quando digo logo me refiro a aquele mesmo dia, nós não conseguiríamos. Foi nesse momento que decidi abandonar os animais, assim como grande parte de nossos pertences, precisávamos viajar mais leves ou pereceríamos naquele deserto maldito.

Eu perguntei quantos dias faltavam para chegarmos e ele me disse que aproximadamente mais dois dias. As chances estavam contra nós, porem nunca deixei de crer que Menoth proveria os meios para que sua obra fosse realizada. A partir daquele momento ao invés de martirizar-me comecei a realizar preces silenciosas para que o criador nos guiasse e protegesse.

Caminhamos por mais duas horas após aquela conversa e a noite finalmente chegara anunciei o fim da marcha e pude ver o alivio dos homens. Porem a fria noite que nós aguardava não me trazia conforto algum. Dobrei a quantidade de sentinelas a postos para que o incidente desta manha não voltasse a se repetir e após uma rala refeição e orações todos nos recolhemos.

Quando o sol nasceu pus-me de pé e verifiquei se todos estavam bem, alguns dos homens disseram para que eu não me preocupasse, “não seremos pegos com as calças arriadas novamente comandante” eles diziam. Ri da piada mas não baixei minha guarda. Após o desjejum e das orações matinais partimos.

Assim como no dia anterior o sol e o vento não nos perdoaram. Os homens estavam sedentos, nossos lábios estavam e rachados e feridos, nossos olhos ardiam e nossos pés estavam nos matando. Porem eu não ouvi uma reclamação sequer de nenhum deles. Apesar de conhecê-los muito bem sua resistência as privações que sofríamos surpreendeu-me e a fé que todos depositavam na missão inspirava-me a sempre seguir em frente.

Eu continuava rezando para Menoth pedindo que guiasse-nos quando fui surpreendido. Nosso guia mandara chamar-me, a julgar pela face do irmão Philip ao falar comigo o assunto era importante. Caminhei ate a frente de nossa caravana, tive de subir uma grande duna de areia para chegar ate onde o Idriano me aguardava.

Pude ver o motivo do chamado com meus próprios olhos, uma caravana desconhecida estava a algumas poucas centenas de metros a frente. Estava certo de que aqueles estranhos seriam nossa salvação e agradeci a Menoth. Em seguida chamei um de meus homens para acompanhar a mim e ao idriano ate a caravana. Antes de seguirmos em diante instrui os outros a nos esperarem a onde estavam, com bestas e rifles a postos caso precisássemos de ajuda.

E então caminhamos ate a caravana, eles pareciam tambem ter nos visto e por isso interromperam seu trajeto. Nosso guia levantava a mão bem alto fazendo um sinal que eu não conhecia o significado, fiz uma nota mental de mencionar isso ao Prescutador quando voltássemos a Imer e continuamos.

Trabalhando na parte três. Porem ainda não estou 100% satisfeito e possivelmente irei acrescentar ou modificar esta parte.
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