Bem, resolvi fazer um topico sobre poesias, postem aqui as suas ou outras poesias conhecidas , mas nada de amor! nada de lamurias depressivas , quero poesias de terror!
A obsessão do sangue
Acordou, vendo sangue... — Horrível! O osso
Frontal em fogo... Ia talvez morrer,
Disse. olhou-se no espelho. Era tão moço,
Ah! certamente não podia ser!
Levantou-se. E eis que viu, antes do almoço,
Na mão dos açougueiros, a escorrer
Fita rubra de sangue muito grosso,
A carne que ele havia de comer!
No inferno da visão alucinada,
Viu montanhas de sangue enchendo a estrada,
Viu vísceras vermelhas pelo chão ...
E amou, com um berro bárbaro de gozo,
o monocromatismo monstruoso
Daquela universal vermelhidão!
(esqueci o autor dessa, mas famoso e brasileiro, se alguém souber diga)
É noite! as sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irrequieta.
Vão três pálidas virgens… vão sombrias
Rindo colar n’um beijo as bocas frias…
- Na fronte cismadora do Poeta —.
- “Saúde, irmão, eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta…
Fui eu que te vesti do meu sudário…
Que vais fazer tão triste e solitário?…”
- “Eu lutarei!” — responde-lhe o Poeta.
- “Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome…
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois… depois (qu’importa?)
Virei sempre sentar-me à tua porta…”
- “Eu sofrerei!” — responde-lhe o Poeta.
- “Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Marquei-te a fronte, mísero profeta!
Volve ao nada! Não sentes neste enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?”
- “Eu cantarei no céu” — diz o Poeta!
(Essa é de castro alves)
Bem, vou colocar uma minha, sou ruim!mas não liguem, postem mais , procurem alguma poesia de edgar allan poe , ou algo do genero xD postem !
num comodo perdido
sem portas e janelas n'algum lugar duma mansão
não há luz , nem som
Um lugar envelhecido
Não havia local para poeira entrar
e tudo que havia permanecia lá
nada entra nada se esvai
uma miniatura doentia do mundo
Nos moveis de madeira ressecados
jaziam o unico sinal dos anos passados
que não seriam percebidos
vendo os ladrilhos luzidos
Surpreendente há de se clamar
ainda havia vida lá
por anos a fio existindo
Atraves dum canibalismo doentio
Insentos se revezavam,comiam os velhos e procriavam
uma ou duas familhas de ratos
Sobreviviam do incesto e de seus velhos
Tudo passava fome
a infiltrações de água
molhavam as paredes e saciavam a sede
umidecia o ar ,conjurando um calor bolorento
Como uma ferida infecionada crescia assim a vida
Na banheira cujo ralo levava a lugar nenhum
Existia um pequeno lago estatico
onde morte e vida se encaravam
para garantir o equilibrio
Revezando o sofrimento
Comer,beber,morrer
o istinto já não clamava refeição
Em todos os dias da prisão
ASSim como o tempo de gestação
diminuido por pura adaptação
nasciam sem patas e carapaças
Só precisavam de fome e bocas
A vida no quarto maldito continuava
Quantos anos mais levava
para que todas aquelas tripas
se tornassem uma unica Vida?
Algo sem mente
somente sistemas de digestão
ora hibernava ora acordava
para perpetuar a sua raça
Devorando a si mesmo na escuridão
concebendo apendices doentios
cuja unica finalidade é a nutrição
Quanto demoraria, para tal criatura, se alimentar da solidão?
(eu xD)