(auspicios não te faz enxergar com o escuro total, só pra te lembrar)

O médico caminhava com cuidado e por duas vezes acertou a canela numa carteira virada, ou numa cadeira pequena, fazendo barulho ao chuta-las e elas tombarem ou se arrastarem pela sala. O vampiro caminha até os fundos da sala, e encontra outra porta, que se abre com a sua presença. Caminhava devagar e encontrou uma pequena escada que dava para uma espécie de porão, se o 'baixo' significava aquilo, ele não tinha certeza, mas era o mais provavel. Ao começar a descer, o Malkviano encontrou um homem sentado a principal fonte de luz da sala era uma lareira num canto, e este salão diferente de todo o resto era bem arrumado e concervado, mesmo que se senti o cheiro da morte e o ar sinistro de coisas velhas, que a muito tempo não viam a luz do sol. O homem olhou para o malkviano e lhe deu um sorriso. Apontando um dos sofás, próximos ao fogo, para que o convidado se acomoda-se.

No meio daquele cenário sinistro, de escola abandonada, tropeçando e batendo as canelas nos banquinhos e mesinhas do colégio, acho uma espécie de "porão", e já que a "voz" indicou para "baixo" aquilo era o local mais abaixo do colégio. Descendo as escadas, me deparo com um contraste: Chego em uma sala totalmente arrumada e bem conservado, apesar do cheiro de mofo impregnado no local. Também me deparo com um senhor sentado em uma poltrona, me convidando para sentar-me, para provavelmente participar de uma prosa. Então, começo a conversa:

- Com licença *sentando no sofá*, Boa noite, Bill Hawkins, prazer em conheçe-lo Sr. Pisanov.

Pisanov apenas acente com a cabeça, e faz um gesto com a mão para que continue. Dr. Hawkins não entendeu muito bem, e então Pisanob deu um sorriso e abriu a boca, monstrando as presas e a falta da língua. O vampiro em questão não tinha a língua, então não falava. Mas estava disposto a ouvi-lo.

Pisanov dá um sorriso, mostrando suas presas, mas, ao invez de ser para uma gargalhada, foi para mostrar a ausencia da sua lingua, mas, ele estava disposto a ouvir o que eu tinha que falar, então começei falando:

-Bem, Sr Pisanov, eu estou apoiando o movimento já a algum tempo, mas eu sinto que eu ainda não fiz o que era suficiente para contribuir com a anarquia, só cuidar e acobertar os feridos, e eu sinto que eu preciso fazer mais, bem mais, ainda mais agora que o Low não está nas ruas, eu preciso fazer algo mais, não é querendo tomar o lugar do negão, mas eu preciso fazer alguma coisa, pra fortalecer o movimento. Você me ajudaria, senhor?

Novamente um vulto passa ao lado do Dr. Hawkins e com um susto olha pro lado para não ver nada, e novamente aquele grito da morte, ecoa em sua cabeça, como se fosse o frio do inverno na Rusia, somando ao desespero dos mortos. -Talvezzzzz Pisanob, ergue a mão pedindo que o malkviano continue a abrir seu coração.

Pisanob se levanta, e caminha devagar até um quadro negro no canto da sala. O homem que vestia um manto branco, quase como uma batina dos padres católicos, mas como seu próprio charme e misticismo. Ele lembrava um indio norte americano, daqueles vistos em fotos nos livros em que Hawkins muito estudou antes de entrar para a faculdade de medicina. Pisanob pegou um giz azul, e começou a escrever no quadro.

"O preço da liberdade é alto. Por isso nos mantemos unidos. Eu não necessito de ajuda, mas há muitas maneiras de ajudar o Broxn. Com o barão sumido, o monstro na torre de marfim, crescerá os olhos para nossas terras, e nós precisamos defenda-las. Eles são fortes na sociedade mortal e imortal, nós precisamos de muitas coisas. Reflita sobre isso, e saberá o que fazer.

Após escrever o vampiro sem língua, caminha até seu sofá e se senta, próximo ao fogo, enquanto olhava para o Malkviano Dr. Hawkins.

O vampiro apenas da um sorriso, e novamente a sensação do frio volta aos ouvidos do Malkviano, como se fosse um tormento recente. -Comm ccertezza. Pisanob se levanta, estando ciente de que tinha feito seu trabalho, que era aconselhar o grupo anarquista, com sua sabedoria imortal. O levantar dele, dava a entender para o Dr. Hawkins, que a hora de partir tinha chegado.

Quando o Pisanov se levanta, logo após ele se levantara, sentindo que ja tinha resolvido o que tinha que se resolver no local, ele puxa de sua carteira, um cartão de visitas, e deixa em cima do sofá onde estava, e por fim, ele curva a sua fronte, como um sinal de reverência, e depois fala:

-Muito obrigado, Senhor, você me esclareçeu muitas coisas.

E então ele vai se saindo, indo em direção ao seu carro. Ele aparentemente está mais satisfeito, mesmo com o clima assustador, ele está levemente mais satisfeito.

Pega seu civic azul, e volta para o Hospital, pra voltar a "rotina".

(THE END)

2 pontos de experiencia pela cronica livre.

Lembrando o foco das cronicas livres, não é experiencia e sim caminhos e outros objetivos laterais do seu personagem.

ok