O que aconteceu? É uma boa pergunta. Sente-se de novo nessa porcaria de cadeira, vou contar-lhe. Mas não me interrompa sabe que odeio isso.
Eu havia acabado de encontrar a minha irmã naquela noite. Estava voltando para o carro, ascendi um cigarro como de costume e dei uma longa tragada, para relaxar antes do trabalho. Foi quando eu pensei em trabalho que eu lembrei; havia deixado as armas em casa na minha tolice. Eu já havia aprendido, da pior maneira, que andar sem elas podia ser perigoso. Se alguém por acaso trabalha no mesmo ramo que o meu, ou algum semelhante aqui vai uma dica: nunca deixe o equipamento em casa.
Enfim eu estava voltando para o carro quando senti um daqueles calafrios na espinha. Daqueles que você treme todo. Não podia ser bom sinal, apressei o passo o maximo que pude, estava praticamente correndo. Afinal se alguma coisa fosse acontecer, eu não queria que fosse num campus de faculdade logo no horário da saída.
Um ou outro moleque enxerido me olhava achando meio estranha a minha pressa. Não liguei muito e continuei indo em direção ao carro, estava quase chegando quando aconteceu. Senti a pele do meu braço rasgando e a força do golpe me arremessou contra o muro de um prédio próximo.
O ataque veio aparentemente do nada, um espírito? Eu pensei. Me pus de pé o mais rápido que pude, e vasculhei rapidamente um local em que eu pude-se enfrentá-lo. As situação não era boa, tinha estudantes me olhando, se eu não fizesse nada eles iriam ver um homem ser retalhado pelo “nada” bem diante dos seus olhos. Então eu corri, corri procurando a entrada do prédio cujo qual eu fora jogado.
Estava entrando pela porta da frente quando veio o segundo ataque. Dessa vez bem nas minhas costas. Fui derrubado no chão pelo golpe e a dor não me deixou levantar. Eu tinha de pensar rápido, me arrastei para uma sala deixando um rastro de sangue para trás. Sangue? Foi então que a minha mente começou a funcionar. Peguei meu sangue e desenhei um circulo envolta de mim, depois alguns símbolos Hebraicos e o selo de Salomão.
Foi então que ele apareceu na minha frente se manifestando. Era Elias. Sim ele mesmo, não disse para não me interromper? Quando aquela figura translúcida e sinistra apareceu na minha frente meu coração disparou. Recitei apressado o mantra para ativar a barreira enquanto ele investia para cima de mim com as garras. Mas felizmente eu havia terminado o ritual a tempo e ele bateu em uma parede invisível. Não se dando por vencido invocou seus poderes e tentou atravessa-la, eu só podia torcer para que a barreira aguenta-se. E felizmente ela suportou firme ou eu não estaria aqui hoje.
Encostei minha cabeça no chão e respirei aliviado por uns minutos. Depois peguei meu celular no bolso, disquei o numero para o velho John. Contei rapidamente a situação e pedi que ele viesse me buscar, lembrei-lhe que devia está bem preparado para lidar com o espírito, caso ele ainda estive-se por aqui.
Eu tentei estancar o sangramento o melhor que pude, mas meus esforços se provaram inúteis, o maldito devia ter feito alguma coisa para que os ferimentos não estancassem. Tentei ficar acordado mas acabei desmaiando por causa da perda de sangue.
Bem agora estou aqui falando com você Stu. Foi o seu pai que me deixou por aqui? Bem onde estão os meus cigarros?
Isso vai me matar? Um fantasma muito irritado acabou de tentar. Eu sei que foi sorte mas o que eu posso fazer, agora me da logo a porcaria dos cigarros. Não você não pode fumar um também você ainda é menor de idade ... cara como isso é bom.
O que? Me diz que eles não fizeram isso. O seu pai e o Brian foram mesmo atrás do desgraçado? Merda eles sabem que não dão conta do recado sozinhos, da outra vez foi necessário quatro de nós para prender o maldito. É eu sei que se o deixarmos solto ele vai matar um monte de gente, mas ir atrás dele desse jeito é suicídio.Tenho de ir atrás deles. Eu sei que ainda estou ferido. Não você fica aqui e certifique-se de que a casa esta segura. Alem disso vamos precisar de alguém inteiro para cuidar dos feridos.