É Ano Novo em Jersey City! tempo das pessoas relembrarem como viveram seus anos e consequentemente fazer falsos votos de melhorias em suas vidas para o novo tempo que seguira. A Alegria contagiava a população no mais variados eventos que ali ocorriam para se comemorar a data.



Os festejos públicos, que ocorriam nos arredores da pista de gelo de Downtown era observado pelas câmeras de televisão, radialistas e outros diversos publicadores de conteúdo. Era sabido também que em The Heights a noite de ano novo estava quente com suas casas noturnas e bares lotados e ruas parcialmente interditadas pela inflamação humana. E que no Yathclub & Marina e Newport oferecia um evento privado para convidados do alto escalão Jerseyano.




Com um pouco de atraso, as chuvas passam a acompanhar os festejos também. Isso não impediu que a alegria em massa que acontecia por toda a cidade tomasse um fim, mas deixou muita gente irritada e até surpresa pelo fato de não ter sido anunciado em previsões meteorológicas o tempo chuvoso para aquela noite. Em Downtown as pessoas abandonam a pista de patinação e se concentram em seus arredores. Em Newport e em The Heights ficou impossível não dividir espaço com as águas.

Da Camarilla como já era esperado, vinham gratulações pelo ano que iniciara e as famosas recomendações ditas como sendo palavras diretas do magnífico Príncipe Virgo. A mensagem completa que os membros mais importantes receberam e repassaram aos seus círculos internos estava assim escrita:

Os noticiários, jornais e internet noticiavam alto índice de pessoas dando entrada nos hospitais de Jersey com sintomas em comum naquela noite. A maioria descreviam estes com febre alta, perca temporária de sentidos, irritação nos olhos e sangue no vômito. Alguns classificaram como Infecção Bacteriana Aguda e outros como Infecção Viral Aguda, mas realmente nenhuma das notícias apontava para um definitivo diagnóstico. Foram entrevistados médicos e funcionários do The Christ Hospital de Journal Square e do Greenville Hospital, mas citavam alta entrada de pacientes nos outros hospitais e clínicas espalhadas pela cidade. Recomendavam desde já o uso de máscaras de proteção, luvas e tudo que você pudesse fazer para evitar o contágio.

Até o fim da noite, alguns tablóides já citavam casos de parada respiratória e entrevistas com pessoas doentes. Era tentado por meio de perguntas se encontrar os antecedentes em comum para o que provocou o que já classificavam como epidemia nestes indivíduos. Incrivelmente, todos mostravam em comum ter festejado o novo ano na noite anterior.

Poucas horas depois, a mídia começaria a veicular: "Chuvas de ano novo causam Pandemia em Jersey City" "Epidemia misteriosa se espalha em Jersey! Chuva é a principal causa." O prefeito se anunciaria mais tarde na Televisão, dizendo para a população manter a calma pois a junta médica da cidade estava fazendo seu melhor para se descobrir a causa e a solução dessa doença. Pedia para que as pessoas tentassem manter-se em casa que se fosse preciso sair, usar equipamento de segurança... todo cuidado era pouco.

Os membros pouco a pouco se preocupavam com a situação e logo procuravam o Regus Business Center esperando um algum respaldo tangível, seria esse um problema para os cainitas ? O que se recebeu lá e rapidamente era de conhecimento de todos os membros era que, os altos senhores se reuniriam para tratar do assunto e buscar um meio de auxiliar no retorno do bem-estar humano da região, e claro, por a conhecimento dos cainitas caso esta nova doença possa prejudicar suas Não-Vidas. Por enquanto, os Ancillaes e Anciões recomendavam precaução ao se alimentar, não se alimentar da vitae das ruas até que se consiga mais respostas. Já o Xerife Ted Bergheisen encarava essa recomendação como Ordem.

A Situação já se alarmava em regiões vizinhas, parte do estado de Nova Jersey já mostrava casos com os mesmos sintomas que a mídia de Jersey City mostrara anteriormente. Casos também apareciam em Nova York, agora Jersey estava sendo veículada com esse assunto em rede nacional. Era mostrado uma cidade fantasma, apenas prédios e a noite... as pessoas realmente se trancaram em casa e em entrevista o Prefeito se mostrava orgulhoso por este feito e complementava que os Médicos estava fazendo o melhor possível para diagnosticar a doença. Aproveitara para anunciar o Estado de Emergência. A ContraMídia anunciava o príncipio do Fim, colocando as "Chuvas do Ano Novo" como um desses índicios. Naturalistas anunciavam um método de combater os efeitos com medicina alternativa... estes pouco foram veículados nas superfícies da informação. Pouco a Pouco a situação piorava, os aeroportos estavam cancelando Vôos para Jersey City e uma onda de Saques começava a partir do Shopping de West Side até várias localidades no centro. Jersey estava caída em Trevas.


John, Doc e Adrién.

Vocês despertam em seus refúgios como de costume, ainda que perturbados com os recentes fatos e preocupados com a forma como esta doença tem se espalhado, seria isso o começo de um grande problema ? Como iriam se alimentar ? Como todos os cainitas de Jersey estavam fazendo já que as ruas não são mais seguras para se conseguir Vitae ? Será que elas realmente não são seguras ?
As perguntas pairavam em suas mentes quando receberam as notícias do fim da reunião dos altos senhores da Seita. Agora, os membros reconhecidos poderiam se dirigir ao Regus Business Center ou ao Elísio de Greenville se sentirem necessidade de se alimentar. Estará disponível até duas bolsas de sangue para cada membro reconhecido. Era pedido também calma entre as Crianças da Noite, pois estes também poderiam conseguir se alimentar mas apenas procurando o Xerife Ted, para este estará disponível uma quantidade de bolsas de sangue que deve suprir as necessidades de sobrevivência, e também podiam recorrer aos seus mentores.
Não se alimentar nas ruas passou a ser ordem oficialmente, ainda não era sabido quais seriam as consequências para um cainita se alimentar de vitae infectado. Quem vos entregou essa mensagem, a entregou dessa vez em nome do Senescal Lambert Stone. O que não era estranho, o Senescal já havia assinado em outras mensagens oficiais, mas porque justo nessas noites difíceis é Lambert Stone quem está assinando uma mensagem oficial da Seita ? Era o pensamento que alguns de vocês dividiam com a fome que começava a se apresentar.

Os olhos negros, grandes e curiosos se abriam com certa resistência, uma densa camada de secreção se acumulara durante o sono e Adríen esfregava os olhos com as mãos, como um garoto que acaba de acordar e se espreguiça.

*Tomava impulso com as mãos e se colocava em pé, perdendo alguns vermes e insetos pelo chão no trajeto, que logo subiam por suas pernas e se embrenhavam dentro de suas entranhas podres, eles estavam mais agitados hoje e desbravavam seu interior feito colonizadores curiosos, Chervalièr tinha uma relação de amor e ódio com esses animaizinhos, mas em geral estes eram sua única companhia e por vezes arriscava algumas palavras com os pequenos amaldiçoados.

“Oui Oui, a vida em Jersey já não está tão glamurosa... vou ter que procurar outro palco, onde já se viu ficar se alimentando de bolsinha de vitae, parece até um favor do governo...”

*pensava enquanto caminhava até o banheiro para disfarçar o cheiro de sua carcaça e por fim dava com os ombros para si mesmo em frente ao espelho enquanto assumia a forma de Derick Jonhson, um homem de meia-idade, bem sucedido que Adríen havia matado na noite de seu abraço... um pobre solitário que o cainita fez questão de eternizar... *



“O gado já não é saudável, o público padece em teorias vãs... talvez me mude para bem longe, mas não sem antes me certificar de que tudo de fato está acabado. Tenho que ficar atento aos sussurros de meus semelhantes pelas sombras... eles sempre sabem com antecedência”

*Terminava de abotoar seu terno e descias as escadas velhas de seu refúgio espreitando as ruas pelos becos praticamente desertos... “O gado se esconde com medo, nem os vagabundos resistiram...”* continuava a caminhar lamentando o reflexo diminuto do passado que Jersey havia assumido... até chegar em Regus Business Center...*

“Me ajoelharia chorando agora se encontrasse a fila de distribuição de sangue... seria deprimente ao extremo, com sorte acharei diversão para as próximas noites, já faz algumas semanas desde que destruí a vida de alguém... sinto falta disso”*simulava um suspiro de descontentamento*

*Adentrava o edifício e se dirigia à recepção, checava as informações e logo prosseguia para o elevador. "13º andar" *Adrien procurava pelo botão e notava dois membros que se apressavam em sua direção para não perder o elevador, coloca a mão na porta automática e gentilmente segurava-o no andar* "ok, isso não será nada divertido."*Dizia o cainita já ligeiramente entediado por ter sua rotina interrompida.

Seus pensamentos logo eram interrompidos pelo abrir das portas...

*Parava logo à entrada da sala e ajeitava o terno, sequer conseguia evitar a olhada panorâmica.

"patrícios à direita fingindo conversar de algo relevante, blefadores discutindo a falta de senso estético que a epidemia nos trouxe...e vejam só se não são meus irmãos ratos de esgoto espremidos no canto, se escondendo quando na verdade deveriam estar esfregando suas carcaças inconvenientes na cara desses engomados..."

*Cumprimentava os cainitas que conhecia com um aceno de cabeça e caminhava até o canto, onde seus irmãos de clã estavam.

Adrién