Arthur Jackson Jr. é o nome de batismo, filho de um professor história contemporânea e de uma advogada. Arthur tinha tudo para ter o melhor, ser o melhor, mas como todo adolescente sem experiência, ele se apaixonou e sua paixão o levou a morte.

Natural de Phoenix, Arizona. Próximo o suficiente do México mas ainda sob influencia dos Estados Unidos da América, um belo estado o Arizona. A infância do rapaz não foi brilhante ou importante, ao ponto de ser digno de dar nota. Começaremos então com sua juventude. Cursava a High School, colégio particular, seus pais tinham dinheiro para bancar uma vida boa e tranqüila para o jovem, e ele aproveitou. Jogava futebol como zagueiro e basquete como pivô, ele era enorme, maior do que qualquer rapaz de sua idade e maior do que a maioria dos mais velhos, havia puxado a família do seu pai. “Negros gigantes, muito próximos dos macacos” - Sempre brincava sua mãe.

Sua vida fora comum, até ele se apaixonar pela primeira vez, Mika era seu nome, e foi sua desgraça. A primeira vez que se viram, Mika estava parada no gramado de sua casa, como se observa-se o transito que passava, os olhos de Junior, foram levados aquela visão magnífica e ele sabia que Mika teria de ser dele.

Mika era um ThunderBird da Ford, e tinha uma placa de vende-se em seu retrovisor rachado, sua lataria estava totalmente enferrujada, toda a parte de plástico estava amassada ou quase inexistente, pelo aspecto do carro, nem o motor daria a partida, mas Arthur estava apaixonado e comprou o carro, por um preço absurdo. Seu antigo dono um velho reformado do exercito, que não podia mais dirigir, talvez por sua cegueira, talvez pela condição do carro, conseguiu um bom dinheiro para retirarem o ferro velho da frente de sua casa, e realmente o carro teve que ser levado a reboque.

Foram dois longos anos, os últimos anos do High School. Junior largou os esportes e se dedicou a mecânica, seu pai no começo aprovou que seu filho se interessasse por carros, já sua mãe odiou, pois cursos de especialização eram para pessoas que não tinham como crescer na vida, não tinham dinheiro para fazer uma faculdade e nunca seriam alguém descente, mas por amor a seu filho, e acreditando que aquilo fosse apenas uma fase, ela tentou compreender a face do filho único.

No primeiro ano, a vida social de Arthur decaiu, tudo que ele tinha, ele comprava para o carro e todo o tempo que tinha ele dedicava ao carro, dia após dia, ele concertou, espelhos, motor, vidros, pneus, caixa de direção, antes do final do primeiro ano, o carro já tinha um ronco de motor surpreendente, nada parecido com o ThunderBird morto que ele havia comprado, era quase um milagre um jovem de 15 anos, conseguir tal proeza sozinho, mas ele tinha dom para a mecânica, é o que diziam.

O segundo ano, com um possante rodando, com a carteira provisória para dirigir, Arthur se tornou o rei do colégio, mesmo tendo as piores notas, sendo a vergonha de sua mãe, todos o amavam e o clima em casa ficou complicado. As brigas se tornaram constantes, e quando Arthur conseguiu terminar de arrumar seu carro, por completo, ele fugiu e foi rodar o mundo.

Por mais de 6 anos, ele rodou, os EUA, fazendo pequenos serviços de mecânico automotivo, reformando carros, e ganhando apostas de corridas, ele formou uma legião, jovens o idolatravam porque ele sabia envenenar um carro, traficantes o contratavam porque ele conseguia trocar o numero dos chassis, revendedoras ilegais lhe pagavam rios de dinheiro para ele reduzir os marcadores de km dos carros. Ele viveu seu mundo de fama e parou em NY, mais precisamente no Broxn, e lá ele se apaixonou pela segunda vez, e depois de ter esquecido Mika, um homem veio ao seu encontro, os caras daquela região que entendiam um pouco sobre os homens influentes, chamavam ele de dono da rua, seu nome era estranho, mas ele deixava ser chamado de Irmão. O irmão de cabelo Black Power, M.C. alguma coisa, veio a primeira vez até sua oficina, porque seu carro tinha sido destruído, e ele queria ele de novo, tinha que ser o mesmo carro e aquela oficina era a única, pelo menos na região que falavam que arrumariam ele. E “Zebu” fez o trabalho, ficou várias semanas em cima daquele carro, o carro do MC Lowlife. O barão anarquista, gostou tanto do trabalho daquele homem, que estendeu sobre ele o seu manto de proteção, ele disse: “- Si tu tive na merda, eh só ispera o som dos irmão xega nu seu becu, i eu vo ta lá, pru qui dé e vie. U Broxn é nosso.”

Desde então Zebu fez vários trabalhos para o irmão lowlife, e sua amizade cresceu, um mortal e um vampiro de tamanha influencia, mas é claro que o mecânico não sabia de nada, até a noite de sua morte. Aquela foi uma noite difícil, Mika estava próximo a entrada do 27 do trem e Zebu tinha parado para ir até o caixa dentro da estação sacar dinheiro, precisava de grana viva, tinha que pagar um homem, eles tinham jurado destruir Mika se Zebu não paga-se, e o grande homem negro poderia suportar a tudo, menos não ter mais Mika. Mas seu amor pelo seu carro, o matou. Naquela noite, naquela estação, desceram as escadarias correndo, homens, mulheres vestidos de forma estranha, um homem com os olhos de serpente olhou para um grupo e todos ficaram hipnotizados por ele, Zebu era malandro e quando se virou para correr o braço lhe acertou o meio do nariz e ele voou de costas na lateral do trem, amassando a carcaça de metal com seu corpanzil, e tornando a ficar de pé, quem o havia golpeado era na verdade uma mulher e deu gargalhada de surpresa e animação por ele ainda estar vivo, e ali mesmo o abraçou.

As noites seguintes, foram duras e longas, até que seu grande amigo e aliado Lowlife apareceu e lhe explicou sobre sua existência, sua essência e suas escolhas, “Zebu” se tornou um anarquista, aliado e fiel ao Barão, ou enquanto este estivesse presente.

Não obstante, após algum tempo como vampiro, Lowlife desapareceu, alguns diziam que ele tinha ido para L.A. ajudar um amigo, mas Zebu sabia da verdade, MC Lowlife não iria sair e deixar seu carro na oficina, cuidado de um amassado na porta, ele iria pegar o carro de deixar em seu refugio. Zebu sabia que esta teoria era falsa e se escondeu dentro de sua oficina, junto com o carro do Lowlife, que ele passou a se chamar de dono, e até a andar pelas ruas com ele, com o som no alto, como se fosse mais uma vez o Barão de volta. É claro que teve alguns anarquistas que não gostaram, mas isso parecia manter a esperança no coração morto de outros.

Foram 10 longos anos, nos primeiros anos Arthur ainda saia com o carro roxo e chamativo de seu amigo morto, mas aos poucos foi largando, como um criança faz com um brinquedo que quer muito, mas depois perde a graça. Arthur viveu este tempo com medo, vivendo sua rotina, se cercando de mortais, fiéis ou não, eles eram mais confiáveis que os vampiros.

Até que tudo pareceu mudar de novo e repentinamente, alguns diziam que ele havia voltado, e o coração do boi Zebu congelou de medo.